• 29/08/24
Assadura em bebês: o que causa, como tratar e prevenir?
A assadura em bebês é uma dermatite associada ao uso de fraldas, capaz de causar irritação e desconforto. Veja como tratar e prevenir o problema.
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Os folículos pilosos, bulbos do tecido epitelial onde crescem os fios de cabelos e pelos do corpo, podem sofrer de infecções, condição conhecida como foliculite. Quem tem a pele oleosa e apresenta acnes e espinhas com frequência tem mais risco de desenvolver o problema, devido à obstrução dos poros. 1
Visível como uma espinha arredondada, como uma pequena bolha, de cor esbranquiçada no topo e avermelhada em volta da lesão, o quadro pode ser superficial ou profundo. Em casos mais leves, a situação se resolve por conta própria, exigindo apenas cuidados de apoio. 1
Por outro lado, infecções mais severas podem se complicar pela presença de fungos e bactérias na área atingida. Dessa forma, é importante que o tratamento inclua medicamentos específicos para combater essas ameaças, como os antibióticos e antifúngicos. 2
Nesse post, montamos um guia completo sobre a foliculite, com as principais informações a respeito do que é essa doença, quais são as causas mais frequentes, quais sintomas provoca e o que pode ser feito para recuperar a pele infeccionada. 2
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A foliculite é a infecção dos folículos pilosos da pele, pequenos sulcos onde ficam os bulbos capilares, que promovem o crescimento dos fios de cabelo e pelos corporais. Geralmente se trata de uma infecção bacteriana, provocada pela bactéria Staphylococcus aureus. 2
Nesses casos, lesões causadas por arranhões, picadas ou aparelhos para remoção de pelos podem servir de porta de entrada para o patógeno. 1
Ela é notada pela formação de abcessos e pústulas, pequenas bolhas avermelhadas ou esbranquiçadas, contendo pus, agrupadas em uma região da pele. 1
Na maioria das vezes, ela atinge apenas a camada mais superficial da pele, porém, há casos mais severos, quando a infecção é recorrente e profunda. 1
Os autocuidados para foliculite servem para prevenir a condição, diminuir o prurido e a dor que essas lesões podem provocar, considerando que a região atingida fica inchada e sensível por um tempo. 1
Além disso, há certa preocupação com a formação de cicatrizes, manchas na pele e perda definitiva dos folículos, de modo que pelos e cabelos não voltam a crescer nos bulbos atingidos. 1
A foliculite costuma ser causada quando a região dos bulbos capilares é lesionada, gerando uma vulnerabilidade para a entrada de fungos e bactérias que infeccionam o local. Nesses casos, os patógenos usam as células para se reproduzir e provocam uma reação inflamatória do sistema imune, na tentativa de combatê-los. 1
No entanto, é importante apontar que existem muitos outros fatores que podem desencadear essa condição na pele, que pode ser superficial, como os pelos encravados, cortes feitos ao se depilar ou barbear. 3
Também é relevante destacar que uma mesma causa pode levar a casos de foliculite superficial ou profunda, dependendo da área atingida. No primeiro cenário, apenas a abertura do folículo é alvo da infecção, já no segundo, o sulco é afetado por completo, gerando maior risco de complicações, como cicatrizes e perda de pelos. 3
A infecção por bactérias é a principal causa da foliculite, tanto superficial quanto profunda. É conhecida também como foliculite estafilocócica, pois a bactéria Staphylococcus aureus é a principal culpada por esse tipo de quadro. 1
Quando esse patógeno atinge todo o bulbo piloso, surgem os chamados furúnculos e carbúnculos que formam úlceras vermelhas, doloridas e inchadas ao redor. Com o tempo, a ferida pode acumular pus e cresce até se romper, drenando o líquido interno, já na fase final da infecção. 1
Outra variante comum é provocada pela Pseudomonas aeruginosa, que habita ambientes como piscinas aquecidas e banheiras de hidromassagem, ou seja, que dificilmente têm os níveis de ph e cloro monitorados com frequência. 1
Assim, ao tomar banho nesses locais, a pseudomona pode se aproveitar da pele fragilizada pelo contato prolongado com a água morna e penetrar nos folículos pilosos. Em geral, os sintomas começam em até 8 horas, ao surgirem pequenas bolinhas avermelhadas sobre o tecido cutâneo. 1
Apesar de ser mais rara do que a infecção bacteriana, os fungos também são capazes de provocar esses problemas de pele. Um exemplo é a foliculite pitirospórica, que atinge principalmente homens, entre adolescentes e adultos. 1
A condição é provocada pelo fungo Malassezia, que habita a flora microbiota natural da pele. Porém, com a puberdade e o aumento da produção de glândulas sebáceas, que causa mais suor e oleosidade no tecido cutâneo, o patógeno pode adentrar os folículos e dar início à infecção. 1
O quadro tende a provocar lesões similares a espinhas, atingindo principalmente as costas, o peito e os ombros. O rosto, o pescoço e os braços também podem ser atingidos, mas não sofrem com tanta frequência. 1
Por fim, a foliculite fúngica também é provocada por cândida ou tinea capitis, que também são responsáveis pela candidíase e casos de dermatite, respectivamente. 1
Entre as pseudofoliculites, que são as variantes não infecciosas da condição, há a causada pelo atrito, que pode evoluir de maneira similar a uma dermatite ou assadura, por conta da fricção das roupas com o corpo ou de pele com pele, nas dobras, próximas à virilha, axilas, coxas e nádegas, por exemplo. 1
A depilação frequente e o barbear diário também são hábitos que podem provocar sintomas de foliculite sem a presença de patógenos. Nesses casos, existem dois processos responsáveis por esse tipo de inflamação severa 1:
Entre os casos de foliculite não infecciosa, também há aqueles provocados pela obstrução dos sulcos devido ao uso de certos cosméticos e até produtos usados para aplicar curativos em machucados. 1
Dessa forma, a combinação de gaze e fita adesiva pode bloquear a cavidade folicular e desencadear a inflamação. Esse cenário também ocorre ao usar pomadas espessas, à base de parafina, hidratantes muito densos ou emplastros para o tratamento de dores musculares. 1
O suor excessivo pode formar uma camada espessa de sebo sobre a pele, acumulando sujeiras e toxinas que entram nos folículos e podem danificar os tecidos internos, levando a um quadro de inflamação. 1
Quando a área atingida fica fora dos bulbos, o quadro pode ser de assadura ou dermatite, como as que acontecem com o uso de fraldas, especialmente quando o clima está muito quente e os bebês suam muito, deixando algumas partes da vestimenta mais úmidas e em contato com a pele. 1
Assim como no caso da foliculite por pseudomona, tomar banho em piscinas também podem favorecer a entrada de bactérias que infeccionam os folículos pilosos. 1
A condição pode ser mais grave porque a pseudomona é um exemplo de bactéria gram-negativa que se aproveita do desequilíbrio da flora bacteriana natural do corpo para se proliferar. 1
Doenças que alteram as condições da pele e que baixam a imunidade podem favorecer esse tipo de infecção na pele. É o caso da foliculite eosinofílica, que atinge principalmente pacientes soropositivos, acometidos pelo vírus HIV. 1
Essa vulnerabilidade, associada a um sistema imune ineficaz, também pode atingir pacientes com diabetes, leucemia ou pessoas que estão sob tratamentos imunossupressores. 1
O uso em excesso de corticoides pode causar a obstrução dos folículos pilosos e, por consequência, desencadear sintomas inflamatórios no local. 1
Essa condição ocorre por conta da ação vasoconstritora desses fármacos, que comprimem os vasos sanguíneos que irrigam as camadas da pele. 1
Nesse caso, o problema acontece ao passar corticoides de uso tópico, como pomadas e cremes, por períodos prolongados e em quantidades excessivas, atitudes contrárias às indicadas usualmente pelos médicos. 1
A pele pode apresentar reações alérgicas e irritações mediante o contato com substâncias químicas, o que provoca uma inflamação nesses tecidos. Dependendo da área atingida, os folículos também apresentam inchaço, coceira e vermelhidão. 1
Os agentes irritantes variam muito, partindo de componentes de produtos de limpeza, cosméticos e itens de higiene pessoal, como sabonetes e cremes, até amaciantes e outros aditivos usados na lavagem das roupas e confecção de fraldas. 1
Assim, ao usar essas vestimentas, o resíduo do produto químico entra em contato com a pele e dá início a irritação. 1
As infecções por vírus também podem provocar a foliculite, nas quais o herpes-vírus simples (HSV) é o principal responsável pelo tipo de causa. É o mesmo vírus que provoca os diversos tipos de herpes que atacam a pele e as mucosas próximas a boca, lábios, olhos e genitais. 1
Nesse caso, o HSV atinge os folículos pilosos, criando pequenas pústulas avermelhadas e com pus por uma extensão do tecido cutâneo. A condição pode ser crônica e recorrente. Em geral, as úlceras se manifestam quando a pessoa está com a imunidade baixa. 1
Dessa forma, as defesas do organismo não conseguem combater adequadamente a propagação do vírus e o patógeno se multiplica com facilidade, dando início ao quadro infeccioso. 1
Os sintomas de foliculite mais comuns são 1:
De modo geral, qualquer condição que provoque inflamação ou inchaço nos folículos pilosos pode ser classificada dessa forma. O que devemos nos atentar é que, dependendo da causa, região e profundidade da lesão, os sintomas podem se desenvolver com características específicas. 1
Por conta disso, é muito importante procurar um dermatologista ao notar esse tipo de problema na pele, em especial quando ele se torna frequente. Assim é possível avaliar melhor o quadro e encontrar o tratamento mais adequado. 1
O tratamento ideal para acabar com a foliculite é aquele que combate as causas da infecção, ao mesmo tempo que serve de apoio para aliviar o desconforto e ajudar o organismo a recuperar os tecidos danificados pelo processo inflamatório. 1
Conforme mencionado ao destacar os sintomas da foliculite, é recomendado visitar um médico para examinar as pústulas na pele e tentar determinar o que provocou o quadro. 2
A partir disso, o profissional poderá propor fármacos de uso tópico ou oral, bem como alguns cuidados para diminuir o inchaço, controlar a irritação e aliviar a dor. Também é válido incluir nessas medidas uma forma de prevenir complicações e estimular o processo de cicatrização. 1
Na sequência, vamos explicar algumas das recomendações mais comuns e como elas funcionam.
O uso de sabonetes antibacterianos pode evitar que a foliculite se espalhe por áreas maiores da pele, por conta da proliferação desses patógenos no local infeccionado. São ótimos aliados da higiene pessoal, tanto na prevenção quanto no tratamento dessa condição. 4
Apesar disso, é importante conversar com seu médico a respeito desses produtos, pois eles também podem atingir a flora microbiota, causando desequilíbrio e favorecendo o surgimento de alguns problemas de pele. 1
Em geral, não é interessante optar por sabonetes bacterianos no dia a dia, apenas em situações específicas. 1
A aplicação de compressas quentes sobre áreas atingidas pela foliculite pode dilatar os poros e ajudar na desobstrução dos folículos pilosos. É uma medida interessante para se livrar de pelos encravados.
Você também pode usar água morna ou uma toalha úmida aquecida para preparar a pele antes de se barbear ou depilar, para facilitar a remoção dos pelos e evitar que eles cresçam no sentido contrário, dando início ao processo inflamatório. 4
Uma dica importante para quem está com foliculite: enquanto a pele estiver inflamada, evite se depilar ou fazer a barba. O contato da lâmina, cera ou qualquer outro agente usado na remoção dos pelos pode agravar a lesão, aumentando o risco de complicações ou retardando o processo de regeneração dos tecidos. 4
Vale destacar que esse tipo de procedimento, quando realizado com muita frequência, danifica o tecido cutâneo aos poucos, aumentando a recorrência de dermatites e outras inflamações de pele. 1
Por fim, na hora de fazer a barba ou depilar o corpo, use produtos adequados para preparar e tratar a epiderme, durante e após o processo. Além disso, vá devagar e seja cuidadoso, movimentos bruscos no uso de lâminas de barbear são o caminho mais rápido para ficar com a pele machucada e irritada. 1
As pomadas e cremes antibióticos costumam ser indicados para o tratamento de feridas, queimaduras e irritações na pele e nas mucosas, tanto para prevenir quanto para eliminar as bactérias presentes no machucado, contribuindo para combater a infecção. 4
Por conta de as principais causas da foliculite serem as infecções bacterianas, o uso de antibióticos tópicos, aplicados diretamente na pele, pode ser sugerido como apoio, mesmo que o diagnóstico não tenha sido conclusivo. 4
Mesmo no caso de pseudofoliculites, inflamações não infecciosas, a lesão na camada dermal pode servir de porta de entrada para esses patógenos. Assim, fármacos desse gênero acabam tendo uma aplicação bastante ampla. 4
Pomadas e cremes antifúngicos, úteis para o tratamento de micoses em geral, também fazem parte dos cuidados para acabar com a foliculite, desde que a condição tenha sido provocada por fungos, é claro. Ao contrário do que vimos com os antibióticos tópicos, sua aplicação não costuma ser necessária sem um diagnóstico fechado. 4
Mesmo porque os casos provocados por fungos são mais raros e limitados a certos grupos de pessoas, como mencionado na foliculite pitirospórica, que atinge principalmente homens adultos e adolescentes ao atingirem a puberdade. 4
Os corticoides, também chamados de corticosteroides, são fármacos que ajudam a controlar a inflamação e a coceira de irritações cutâneas, além de possuírem ação vasoconstritora que ajuda na redução do inchaço local. 4
Embora o uso excessivo possa provocar a foliculite, seguindo corretamente as orientações médicas, o medicamento pode ser benéfico e ajudar bastante no tratamento, reduzindo o tempo necessário para o tecido se recuperar. 4
Junto do tratamento com antibióticos ou antifúngicos de uso tópico, como pomadas e cremes, o médico pode indicar o uso de remédios via oral para complementar esses efeitos, de acordo com o grau de severidade do quadro. 4
Independentemente da posologia, lembre-se de que é essencial seguir as orientações do profissional de saúde e fazer o tratamento até o fim. Muitas pessoas acham que só precisam tomar o antibiótico, por exemplo até os sintomas desaparecerem, mas não é bem por aí. 4
Interromper a medicação antes da hora pode aumentar a resistência das bactérias e provocar uma recaída no quadro, que tende a ser mais difícil de cuidar nessa segunda fase. 4
O tratamento com laser, similar ao que é utilizado para depilação definitiva, também pode ser aplicado na prevenção e cuidado da foliculite. Na prática, o método destrói o folículo e impede o crescimento de novos fios. 4
Como é de se imaginar, um folículo que não existe mais não pode ser infeccionado. Esse tratamento tem um resultado mais duradouro, portanto não necessita de repetições frequentes, como o uso de lâminas de barbear e ceras depilatórias. 4
No entanto, é importante destacar que ele demanda um investimento bem mais alto, é dolorido e requer acompanhamento dermatológico para ser feito com segurança.
As foliculites mais profundas podem causar furúnculos e abscessos de proporções avantajadas, atingindo uma área maior, provocando dor intensa e trazendo riscos para tecidos adjacentes. Desse modo, quadros extremos podem exigir intervenção cirúrgica. 4
Na maioria das vezes, o dermatologista faz o procedimento na própria clínica. Não é comum precisar de internação e se trata de uma cirurgia simples, feita apenas com anestesia local. Isso depende do paciente, do tipo de foliculite e do local atingido. 4
A prevenção da foliculite envolve cuidados para manter a pele saudável e bem tratada, além da cautela para evitar situações que possam favorecer o surgimento de lesões na epiderme, já que esses machucados aumentam o risco de inflamação e infecção. 4
Conforme mencionado, o uso de sabonetes antissépticos ou antibacterianos pode remover bactérias que ajudam a proteger a pele, portanto, essa medida não deve fazer parte do dia a dia. Além disso, o uso em excesso desse tipo de produto pode causar ressecamento. 1
A higiene pessoal é uma grande aliada na prevenção da foliculite, pois evita desequilíbrios na flora microbiota natural e promove a saúde da cútis. 1
Ao frequentar piscinas públicas, saunas e banheiras de hidromassagem, o ideal é tomar banho e tratar a pele para remover microrganismos nocivos. É nesse momento que o sabonete bactericida costuma ser útil. 4
Por fim, evite fazer a barba diariamente e tenha cuidado na hora de passar a lâmina no rosto, preferencialmente usando um produto para lubrificar e proteger a pele. Para a depilação, as medidas são similares. 1
Depois desses procedimentos, aplicar uma loção hidratante ou calmante pode evitar inflamações e irritações.1
Além disso, não se esqueça de beber bastante água, pelo menos dois litros por dia, e manter uma dieta saudável e nutritiva, para auxiliar o organismo a cuidar da pele de dentro para fora.
O Nebacetin é uma pomada com ação antibiótica, fornecida pela combinação de neomicina e bacitracina. Ela é indicada para prevenção e tratamento de infecções bacterianas na pele e nas mucosas, causadas por cortes, feridas e queimaduras. 5
Desse modo, o medicamento serve para tratar a foliculite bacteriana, pois ajuda o sistema imunológico a eliminar esses patógenos e impedir sua proliferação, o que é essencial para a regeneração dos tecidos danificados. 5
Para saber mais sobre os usos indicados de Nebacetin, fale com seu médico ou acesse: Nebacetin.com.br
Diante dessas informações, podemos concluir que:
Assim finalizamos nosso guia prático sobre a foliculite. Esperamos que tenha gostado do conteúdo e aprendido. Até a próxima!